quarta-feira, 21 de maio de 2008

THE TRAP – O QUE ACONTECEU AO NOSSO SONHO DE LIBERDADE

No documentário The Trap, Adam Curtis da rede de televisão BBC, realiza uma análise do que aconteceu com tal liberdade, para isso usa-se dos argumentos de Isaiah Berlin (1909-1997), professor britânico de Oxford, que conceituou liberdade em duas linhas, a positiva e a negativa, liberdade positiva foi desenvolvida na crença dos grandes revolucionários que acreditavam que os indivíduos seriam livres caso se transformassem em seres melhores e racionais.
Para liberdade negativa todos os indivíduos deveriam fazer o que quisessem e nada mais, devendo existir apenas um sistema para limitar as pessoas. Segundo Jean Paul Sartre filósofo existencialista as pessoas estão presas em um triste e limitado conceito de liberdade, pela opressão da sociedade a sua volta, o escritor francês Frantz Fanon (1925-1961), transformou tal conceito em uma teoria revolucionária, após trabalhar na Argélia e testemunhar as atrocidades que as pessoas são capazes em busca de seus interesses prometendo a utópica liberdade.
Segundo o político revolucionário francês Saint Just (1767-1794), as pessoas deveriam ser obrigadas a serem livres, pois a liberdade positiva falharia sempre, por ser construída em uma falsa ideologia de que havia apenas uma resposta para todos os males. E ao realizar uma análise no mundo contemporâneo identifica-se certos grupos com tal idéia, como o exemplo dos esquerdistas Xiitas do islamismo, que através da Guerra Santa querem promover a liberdade do Oriente, não levando em conta que são ceifadas milhares de vidas. Mas o uso da força bruta para se promover a liberdade não é apenas privilégio de certos grupos revolucionários, a maior potência do mundo é um exemplo claro, países que não concordam com os interesses dos americanos são forçados a isso, talvez o Iraque venha a ser o principal exemplo, uma população que antes do ataque norte-americano necessitava de liberdade da tirania, agora precisa de liberdade do domínio americano, pois ficou claro quando não se achou nenhuma arma nuclear no país qual era realmente o projeto “de liberdade americana”, nada mais que interesse nos poços de petróleo dos iraquianos. Agora toda uma população se encontra com fome e sem nenhuma infra-estrutura restando-lhes apenas o sonho de serem pessoas livres. Em outros lugares os americanos promovem tal domínio através da diplomacia capitalista, que na maioria das vezes impoem regras para as transações, forçando os países a se tornarem verdadeiras colônias americana, então resta para as pessoas comuns apenas sonharem com uma liberdade utópica.

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