quarta-feira, 21 de maio de 2008

Mudanças no Mercado

“A preocupação existencial de que o homem deve fazer uma opção sempre quanto a sociedade, a política, a família, a educação e aos seus hábitos adquiridos, colocando-o em uma encruzilhada de múltiplos caminhos” (Jean-Paul Sartre filósofo existencialista). A necessidade de tentar entender o comportamento humano vêm de longas datas, e referindo-se ao mercado competitivo atual, que cada cliente é disputado e estudado minuciosamente, como ponto de referência pode-se citar o término da Segunda Guerra Mundial (1945).
Com o pós-guerra surgiu a necessidade de comprar produtos novos, de vender e fidelizar os clientes, a determinadas marcas. Como fazer isso ? Uma das possibilidades foi a introdução da Psicologia no Marketing que procurou detalhar os consumidores em etapas distintas, com coisas relacionadas, ao corpo, as idéias, aos objetos, e ao social (Giglio 2002), de uma forma qualitativa, os profissionais do marketing transformaram esses dados em formas quantitativas, criando grupos de consumidores para determinados produtos e serviços, a partir daí o marketing tornou-se parte do cotidiano das pessoas.
Quando fala-se em marketing a primeira impressão que as pessoas têm, é de propaganda, mas segundo Kotler e Armstrong (2003), pode-se definir marketing como, um processo administrativo e social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam, por meio de oferta e troca de produtos. O marketing está deixando de maximizar os lucros para construir uma rede de marketing (marketing network), entre clientes, funcionários, fornecedores, distribuidores, varejistas e agências de propaganda envolvendo-os em um relacionamento amplamente lucrativo.
Na cultura contemporânea não existe espaço à expressão popular, “vendo geladeira até para esquimó”, acabou o tempo em que impressionar o cliente era o mais importante, agora busca-se a fidelidade do cliente nos diversos segmentos do mercado, oferecendo-lhe uma ampla gama de benefícios esperando que este sinta-se maravilhado.
Theodore Levitt em seu artigo A Miopia do Marketing (Marketing Myopia 1962), alertava as organizações de diferentes portes e setores da época, que existe algo há mais do que simplesmente um produto, passou-se quatro décadas e algumas organizações continuam dando ênfase apenas para o produto ou preço deixando de lado a inovação.
Uma estratégia desenvolvida pela firma de consultoria A.T. Kearney para que as empresas possam formular preços competitivos, baseado no valor que os clientes desejam pagar, em troca de certas vantagens.
Primeiramente o custo deve ser elaborado a partir do comprador e não do vendedor, o produto deve oferecer aos seus clientes os mais diversos benefícios, o segundo passo é superar as outras alternativas do mercado, organizando os clientes em segmentos para poder atender as necessidades de cada um, em terceiro lugar é definir uma partilha igualitária, e por último desenvolver uma estrutura de precificação.
Como exemplo pode-se usar o FedEx que domina 45 por cento do mercado de entregas expressas nos Estados Unidos, comparando com os Correios no Brasil que têm seus preços bem mais em conta e ficam apenas com 8 por cento das entregas.
Tratando-se de Brasil, com uma realidade distinta, e na maioria das vezes dependendo da classe social que os indivíduos encontram-se, estes estão interessados em custos, deixando de lado os valores agregados ao produto. Outro fator preocupante quando o assunto é preço é a enxurrada de produtos originários da China, que possui um sistema de trabalho diferenciado da maioria dos outros países, e estão conquistando uma enorme fatia do mercado em diversos segmentos.
O setor de calçados do Sul do Brasil vivência na pele essa enxurrada chinesa, cabe a cada individuo, optar por produtos que tragam em sua bagagem valores agregados, como por exemplo, optar por empresas que desenvolvam projetos voltados ao social, a preservação do meio ambiente ou empresas alto sustentáveis. Os futuros profissionais das diversas áreas existentes ao realizarem seus projetos deveriam por em prática o marketing social, talvez essa seja uma das formas disponíveis no mercado para equilibrar a balança social brasileira.

Nenhum comentário: