domingo, 25 de maio de 2008

PROCESSOS SOCIAIS

Os processos sociais são responsáveis pelo desenvolvimento da personalidade individual das pessoas, para se relacionarem com a sociedade, permitindo compreender o conceito de processo, reconhecer a necessidade do convívio em grupo, observar as possíveis conseqüências psicológicas de isolamento tanto individual como em grupo, distinguir as diferentes formas de processo social como:
Contato social, primeiros passos para qualquer associação humana, pois a convivência humana pressupõe uma variedade de formas e contato. É à base da vida social e subdividem-se em contatos diretos formado pelo olho no olho, contatos indiretos constituídos pelos meios de comunicação, contatos voluntários são derivados da vontade própria, contatos com o passado têm por finalidade nos transmitir os fatos históricos entre outros vários.
Cooperação, não pode haver sistema social sem um mínimo de cooperação. Muitas vezes não há clareza dos processos sociais cooperativos, é a forma de interação nas quais diferentes pessoas trabalham juntas para um mesmo fim. Existem várias formas de cooperação, a temporária, é quando os indivíduos se reúnem para realizar uma tarefa por um determinado período, também existe a colaboração contínua onde todos necessitam de cooperação em período constante. Cooperação direta, os indivíduos ou grupos realizam em conjunto coisas semelhantes, como trabalhos associados, trabalhos em mutirão. E por última, cooperação indireta, é a realização de trabalhos diferentes.
Competição ocorre quando vários indivíduos buscam alcançar um objetivo que pode ser alcançado por todos ou pela grande maioria. Para Hamilton existe competição quando a necessidade é ilimitada e os recursos são escassos. Como exemplo surge uma vaga para um cargo de diretoria, os profissionais que lutam por tal irão suplantar seus amigos perfeitamente conhecidos.
Conflito geralmente ocorre quando indivíduos, grupos ou categorias sociais tem interesses ou objetivos incompatíveis entre si, e partir daí ao contrário da competição surge a hostilidade, pois, cada individuo busca uma solução que exclui a do adversário, no popular seria partir para o pessoal. Como exemplo de conflito, a rivalidade, guerras, discussão entre outras.
A adaptação de maneira ampla significa o ajustamento biológico do ser humano ao espaço físico em que vive. Certo grau de adesão e conformidade às normas estabelecidas, que varia com a margem de liberdade, e de autonomia que o meio social permite ao indivíduo. E divide-se em biológico e psimotor, nível efetivo que é a modificação quanto aos sentimentos das pessoas, o último nível é a respeito das habilidades intelectuais que determina a que grupo as pessoas pertencem.
Acomodação é o processo social em que o indivíduo, grupos ou categorias em interação não compartilham metas, crenças, atitudes e padrões de comportamento, mas convivem pacificamente. Divide-se em coerção que é o uso da força, compromisso e concessões mútuas. Na arbitragem, a acomodação é obtida através de um terceiro, a tolerância é uma forma usada como acomodação e a conciliação que envolve a diminuição da hostilidade.
Assimilação é através desta que indivíduos, grupos ou categorias de culturas diferentes permutam os seus respectivos acervos culturais. Implica transformações internas nos indivíduos. Através da linguagem clara e semelhante colabora para assimilação, a ausência de caracteres físicos. Também no nível de nação podem-se citar números de indivíduos em uma mesma localização.
Isolamento é a falta de contato onde comunicação entre grupos ou indivíduos, dependendo do grau de isolamento pode-se chegar à loucura. Quanto em nível de grupo produz costumes sedimentares, cristalizados que praticamente não se alteram. No atual mundo globalizado difícil o grupo ou individuo que se mantêm em isolamento total.
Para Park e Burgess existem quatro tipos de isolamento que são eles: espacial ou estrutural referente aos fatores geofísicos, isolamento físico como exemplo um preso ou voluntário como os eremitas. Isolamento estrutural que é constituído pelas diferenças biológicas, tais como sexo, raça e idade. Também existe o isolamento psíquico que é baseado na própria personalidade, pois, todos os indivíduos constituem a mesma sociedade, mas buscamos experiências diferentes. E por último o isolamento habitudinal diz-se respeito à separação ocasionada pela diferença de hábitos, costumes, usos etc.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

TEORIA DOS JOGOS

A primeira publicação sobre jogos ocorreu em 1928 por John Von Neumann, esta demonstra que a solução para jogos em que o ganho de um determinado jogador representa necessariamente uma perda para o outro, também conhecido como jogos de soma zero, pode ser determinado utilizando-se técnicas matemáticas. Como instrumento de análise das interações entre indivíduos e organizações na sociedade, esta teoria tornou-se inadequadamente restritiva.
Em 1950 John F Nash, JR; C. Harsany e Reinhard Selten encontraram ferramentas teóricas que permitiam analisar uma variedade maior de modelos de interação estratégica. Nash em 1951 publicou um artigo, o qual ficou conhecido como “equilíbrio de Nash”, este que resulta de cada jogador adotar a estratégia que é a melhor resposta as estratégias dos demais jogadores, mas pode ocorrer que o resultado final para todos seja insatisfatório e que, nem sempre a busca por indivíduo pelo melhor para si resulta no melhor para todos. John C. Harsany contribuiu com a teoria dos jogos publicando três artigos, nos quais diziam que muitas vezes, alguns jogadores tinham informações privilegiadas em relação aos demais sobre algum elemento importante do jogo. Harsany desenvolveu o modelo de informação assimétrica. Em 1965 com a publicação do seu artigo Reinhard Selten, foi responsável pelo refinamento da noção de equilíbrio,”equilíbrio perfeito em sub jogos”, determinando que uma estratégia, para ser tida como equilíbrio perfeito em sub jogos, tem de ser ótima considerando todos os possíveis desdobramento do jogo.
A teoria dos jogos é hoje aplicada a economia, administração, ciência política e biologia, tendo se tornado instrumento essencial no estudo de qualquer processo de ação entre indivíduos racionais que se comportem estrategicamente, ou seja, utilizam os meios dos quais dispõe da melhor forma possível. Mas para a eficácia da teoria é necessário conhecer os limites do conhecimento proporcionado, para isso deve-se formular uma hipótese inicial sobre a melhor forma de agir para atingir seus objetivos, recolher informações para testar a viabilidade dessa hipótese, é neste período que se avalia se a hipótese deve permanecer, ser corrigida ou mesmo substituída, finalmente com base no resultado final o agente escolhe a melhor ação a seguir.””””
Um jogador é qualquer indivíduo ou organização, envolvido no processo de interação estratégica, que tenha autonomia para tomar decisões, o objetivo de cada jogador é obter os melhores resultados, para isso é necessário que ele interaja com os demais. Conhecer o conjunto de ações de cada adversário é passo fundamental na análise de um processo estratégico, porém, não basta considerar as ações possíveis, é importante também conhecer como essas ações se desenvolvem no jogo. Modelar um jogo é representar uma situação de interação estratégica, focalizando apenas os elementos considerados mais importante, para explicar como os jogadores interagem. Este modelo deve servir como um guia eficiente para o entendimento de fenômenos da vida econômica e empresarial. Como interação estratégica tem-se jogos simultâneos e jogos sequenciais.
Jogos simultâneos são aqueles em que cada jogador ignora as decisões dos demais no momento em que toma sua própria decisão, não se preocupam com consequências futuras de sua escolha. A forma normal fornece todas as combinações possíveis de ações, assim como seus resultados. Jogos sequenciais são aqueles em que os jogadores realizam seus movimentos em uma ordem predeterminada. À medida que é determinada a escolha de um jogador, em uma dada etapa do jogo, tornam possíveis outras escolhas dos demais nas etapas seguintes, ou mesmo outras escolhas do próprio jogador nas rodadas futuras. A forma estendida permite representar processos de interação estratégica que se desenrolam em etapas sucessivas. Uma forma de representar os jogos sequenciais é com a utilização da árvore dos jogos, esta é composta por nós e ramos, cada nó representa uma etapa do jogo em que um dos jogadores tem de tomar uma decisão, e o ramo é uma escolha possível, a partir do seu nó. Este método possui algumas regras essenciais:
· todo nó deve ser precedido por, no máximo, um outro nó.
· Nenhuma trajetória pode ligar um nó a ele mesmo
· todo nó deve ser sucessor de um único e mesmo nó inicial
Estratégia é um plano de ações que especifica, para um determinado jogador, qual ação tomar, em todos os momentos em que terá de decidir o que fazer. Um elemento importante de análise de um jogo é a combinação de estratégias que os jogadores podem adotar, esta produz diferentes recompensas aos jogadores. Ao modelar um jogo, a opção entre um jogo simultâneo ou sequencial, deve estar baseadas nas informações que os jogadores dispõem sobre as decisões dos demais. Quanto mais informações um jogador possuir, melhor distinguirá em que circunstâncias do jogo está fazendo as suas escolhas. Um conjunto de informações é constituída pelos nós que os jogadores acreditam poder ter alcançado em uma etapa do jogo, na qual é a sua vez de jogar. Pode-se definir como informação perfeita quando todos os jogadores conhecem toda a história do jogo antes de fazerem suas escolhas, ou seja, todos os seu conjuntos de informações são unitários. Informação imperfeita é quando algum jogador, em determinado momento do jogo, tem de fazer escolhas sem conhecer exatamente a história do jogo, pelo menos um de seus conjuntos de informações não é unitário.
Um jogo é dito de informação completa quando as recompensas dos jogadores são de conhecimento comum, todos os jogadores sabem do fato. Na prática o conhecimento comum simplifica bastante e fornece um bom ponto de partida para análise de um jogo, caso uma informação relevante não seja de conhecimento comum, é necessário especificar onde a corrente descrita foi rompida, e de acordo com o ponto em que aconteceu a ruptura, o desenvolvimento do jogo será totalmente diferente.
Eliminação interativa de estratégias estritamente dominadas é o método mais simples para determinar o resultado de um jogo simultâneo, esta é a hipótese de racionalidade, significando que cada jogador procura maximizar suas recompensas utilizando todos os meios que dispõe. Contudo esta estratégia tem uma grave limitação, nem todos os jogos apresentam estas estratégias. Uma combinação de estratégias constitui um equilíbrio de Nash, quando esta é a melhor resposta possível aos demais jogadores, situações em que os agentes não teriam estímulos para mudar suas decisões. Um jogo onde não cabe o equilíbrio de Nash é o Matching Pennies, ou jogo de combinar moedas, este é um jogo de conflito permanente, pois o ganho para um representa necessariamente a perda equivalente para o outro, também conhecido como jogo de soma zero.
Um jogo é dito como não-cooperativo quando os jogadores não podem estabelecer compromissos garantidos, caso contrário, se podem estabelecer compromissos e esses possuem garantias efetivas, diz-se que o jogo é cooperativo. No dilema dos prisioneiros, tipo de jogo mais popular na teoria dos jogos, é a melhor ilustração de que, em determinados processos de interação estratégica, o fato de cada jogador buscar o melhor para si, leva a uma situação que não é o melhor para todos. Já no jogo conhecido como batalha dos sexos, os dois jogadores ganham se conseguirem coordenar suas decisões, tem-se também o jogo da galinha que é uma representação esquemática de uma modalidade perigosa de competição. Esse tem sido empregado não apenas para descrever situações do mundo econômico onde é melhor evitar o enfrentamento, como também foi muito popular na época da Guerra Fria entre Estados Unidos e a antiga União Soviética, para descrever os riscos de um conflito termonuclear, e a necessidade de mecanismos para evitar o confronto.
Em todo jogo onde há um número finito de jogadores, com número finito de estrategias, sempre há o equilíbrio de Nash, provavelmente em estrategias mistas, esta pode ser entendida como resultado da incerteza sobre as recompensas dos demais jogadores.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

INTRODUÇÃO À ECONOMIA

Economia é um estudo voltado para as necessidades ilimitadas contra recursos cada vez mais escassos gerando um trade off entre eles, ou seja um custo de oportunidade, uma escolha de resultados. A economia divide-se de forma geral em economia de planejamento central (socialismo), economia capitalista, e a economia mista. Tal ciência divide-se em microeconômica que estuda decisões individuais sobre mercadorias específicas, e macroeconomia analisa interações na economia como um todo.
Valores nominais são medidos aos preços vigentes no momento em que é feito a medida , valores reais ajustam os valores nominais de acordo com as mudanças no nível geral de preço. Para manter outros fatores constantes é um artifício para examinar a relação entre duas variáveis.
Mercado é o local físico para representa-lo é necessário a demanda e oferta. Demanda é a quantidade que cada individuo deseja consumir, e oferta a quantidade que o mercado quer vender. Curva de demanda é a relação entre preço e a quantidade demandada, mantendo todos os outros fatores constantes. Com o aumento dos preços surge a demanda por substitutos, outro fator é gostos e preferências, existe três fatores que também alteram a curva, a tecnologia, o custo e a regulamentação governamental. O deslocamento na curva de oferta faz com que o preço e a quantidade de equilíbrio se movam em direções opostas. Em um mercado livre, desvios de preços de equilíbrio se corrigem automaticamente.
A elasticidade de preço da demanda mede a sensibilidade da quantidade em relação ao preço. Quando a demanda é elástica a quantidade aumenta mais que a queda do preço, e a receita sobe. A elasticidade cruzada de demanda mede a mudança de preço do próprio bem. A elasticidade renda de demanda mede o efeito sobre a quantidade demandada quando a renda muda mas os preços de todos os bens são mantidos constantes.
Bens de luxo são de alta qualidade para os quais existem substitutos inferiores, no efeito substituição tem-se que quando o preço relativo de um bem cai, a quantidade demandada aumenta. No efeito renda, a queda de preço de um bem aumenta a renda real, afetando a demanda de todos os bens. *
Preferências descrevem a utilidade ou satisfação que um consumidor obtém dos bens consumidos. Utilidade marginal de um bem é a utilidade extra de consumir uma unidade a mais desse bem, mantida constante a quantidade dos outros bens consumidos. Utilidade marginal decrescente diz que a média em que aumenta o consumo de uma determinada mercadoria, a utilidade marginal dessa mercadoria diminui.
A curva de demanda de mercado é a soma horizontal das curvas de demanda individuais naquele mercado. A cada preço a curva de demanda de mercado é a soma das quantidades demandadas por diferentes pessoas que se defrontam com dado preço.
A teoria da oferta supõe que cada firma escolhe o nível de produto que maximiza seus lucros. Lucro é a diferença entre os fluxos de receita e de custo.
Custo de oportunidade é o montante perdido pela não alocação correta dos recursos. A curva de custo total mostra o custo mais baixo possível associados a cada nível de produto, o custo total aumenta a medida que aumenta o produto.
Tecnologia ou conjunto das técnicas, relaciona o volume dos insumos ao volume dos produtos. Técnica é a maneira particular de usar os insumos para fazer o produto, eficiência técnica é a melhor forma de fazer o mesmo. O preço da tecnologia e dos insumos são refletidos na curva de custo total.
Custo de longo prazo é o custo mais baixo possível associado a cada nível de produto quando a firma pode ajustar plenamente, custo marginal de longo prazo é quanto sobe o custo total quando o produto aumenta um pouco, custo médio de longo prazo é o custo de longo prazo dividido pelo nível de produto. Se o custo médio de longo prazo cai a medida que o produto aumenta , diz-se que houve retorno crescente de escala , os retornos constantes de escala ocorrem se o custo marginal de longo prazo for constante quando o produto aumenta, se o custo de médio longo prazo sobe enquanto o produto aumenta tem-se o retorno decrescente de escala. Escala eficiente mínima é o menor nível de produtos em que são atingidas todas as economias.
Nos fatores fixos o insumo não pode variar no curto prazo, nos custos fixos não há variação independente do nível do produto. Com o insumo variável pode haver ajustes, e os custos variáveis mudam de acordo com o produto. Segundo a lei dos retornos decrescentes, além de um certo nível do insumo variável, aumentos subseqüentes nesse insumo variável gradualmente reduzem o produto marginal desse insumo. Para a decisão de oferta de curto prazo, o produto a ser produzido deve cobrir o custo variável médio de curto prazo, se o preço for inferior a este, a firma não produzirá e fechará temporariamente...
Quando os atos dos compradores e vendedores individuais não causa efeito sobre o preço do mercado tem-se uma concorrência perfeita, cuja característica é a relação entre a receita marginal e preço. O incentivo para entrar ou sair de um determinado mercado depende do retorno de seus investimentos. Para obter a curva de oferta da indústria pode-se somar as curvas de oferta individuais de cada firma, parte da curva de custo marginal de curto prazo acima do preço pelo qual ela se retiraria do mercado. A curva de oferta de longo prazo é a parte da sua curva de custo marginal de longo prazo acima do custo médio mínimo.
Um deslocamento na demanda de uma indústria competitiva, faz com que o preço exceda o custo médio, incentivando assim a entrada de novos investidores. Com um aumento no preço dos insumos a curva de custo médio de cada firma se deslocará para cima, forçando a saída de diversas firmas da industria, acarretando numa redução do produto no mercado e uma alta no preço.
Afim da maximização dos lucros o monopolista ou fixador de preço, escolhe o produto com o qual a receita marginal se iguale ao custo marginal. Para elevar o preço o fixador reduz o produto do mercado forçando a uma escassez, este tem a capacidade de cobrar preços diferentes a clientes diferentes. Um monopólio natural se beneficia de economias de escala suficiente para não temer a entrada de outros concorrentes. Em muitas indústrias, havia acordos sobre participações de mercados e sobre preços denominados cartéis.
No oligopólio cada firma tem de considerar como suas ações afetam as decisões de seus rivais, tendem a agir estrategicamente como se estivessem jogando. Estes oligopolistas ficam divididos entre o desejo de colusão, para aumentar os lucros conjuntos, e o desejo de competir.
Em um mercado contestável tem-se a livre entrada ou saída, onde não há custos, fundo perdido ou irrecuperáveis. Na livre entrada podem ocorrer barreiras criadas pela natureza, ou por outras concorrentes, as firmas já instaladas utilizam impedimento estratégico à entrada para tornar menos provável a entrada de novas firmas, algumas vezes o esforço de impedir a entrada é caro demais para a firma instalada.
A demanda por trabalho sofre interferências do fator tecnológico, pois algumas organizações na maioria das vezes preferem investir em tecnologia ao invés de investir em mão de obra, a demanda de contração aumenta a medida que o salário diminui. Com a utilização de máquinas, o que um trabalhador faz é cada vez menos, e o produto marginal do trabalho cai. Mantendo-se constantes os insumos, o produto marginal do trabalho é o produto físico extra obtido quando se acrescenta um trabalhador. A receita marginal produzida pelo trabalho é a mudança na receita de vendas quando é vendido o produto de um trabalhador extra.
A quantidade de horas que uma pessoa deseja trabalhar depende da quantidade de bens que podem comprar com o resultado de seu trabalho, salários reais mais elevados estimulam o ingresso na força de trabalho. A força de trabalho é constituída por todos que estão trabalhando ou procurando emprego.
Quando há um investimento no trabalhador este aumenta a sua produtividade, o benefício extra de obter qualificações tem de cobrir exatamente o custo extra de adquiri-las, quanto mais geral ou transferível a qualificação, tanto mais a firma vai querer que o funcionário arque com o custo do treinamento. Em parceria com o trabalhador existe os sindicatos que são organizações de trabalhadores que afetam a remuneração e as condições de trabalho.
Denomina-se capital físico o estoque de bens produzidos que são usados para fazer outros bens e serviços, investimento bruto é a produção de novos bens de capital e a melhoria de bens de capital existentes, investimento líquido é o investimento bruto menos a depreciação do estoque de capital existente. Estoque é a acumulação do fluxo relevante e é medido em um dado momento de tempo, fluxos são as taxas de mudança do estoque correspondente e é medido durante um período de tempo.
No curto prazo a oferta de serviço de capital é fixa, no longo prazo pode ser ajustada pela produção de novos bens de capital ou permitindo que o estoque de capital existente se deprecie.
A divisão da renda nacional entre os diferentes insumos da produção denomina-se distribuição funcional da renda. Distribuição pessoal da renda mostra como a renda nacional é dividida entre as pessoas, independente dos insumos através dos quais essas pessoas obtêm seus rendimentos.

THE TRAP – O QUE ACONTECEU AO NOSSO SONHO DE LIBERDADE

No documentário The Trap, Adam Curtis da rede de televisão BBC, realiza uma análise do que aconteceu com tal liberdade, para isso usa-se dos argumentos de Isaiah Berlin (1909-1997), professor britânico de Oxford, que conceituou liberdade em duas linhas, a positiva e a negativa, liberdade positiva foi desenvolvida na crença dos grandes revolucionários que acreditavam que os indivíduos seriam livres caso se transformassem em seres melhores e racionais.
Para liberdade negativa todos os indivíduos deveriam fazer o que quisessem e nada mais, devendo existir apenas um sistema para limitar as pessoas. Segundo Jean Paul Sartre filósofo existencialista as pessoas estão presas em um triste e limitado conceito de liberdade, pela opressão da sociedade a sua volta, o escritor francês Frantz Fanon (1925-1961), transformou tal conceito em uma teoria revolucionária, após trabalhar na Argélia e testemunhar as atrocidades que as pessoas são capazes em busca de seus interesses prometendo a utópica liberdade.
Segundo o político revolucionário francês Saint Just (1767-1794), as pessoas deveriam ser obrigadas a serem livres, pois a liberdade positiva falharia sempre, por ser construída em uma falsa ideologia de que havia apenas uma resposta para todos os males. E ao realizar uma análise no mundo contemporâneo identifica-se certos grupos com tal idéia, como o exemplo dos esquerdistas Xiitas do islamismo, que através da Guerra Santa querem promover a liberdade do Oriente, não levando em conta que são ceifadas milhares de vidas. Mas o uso da força bruta para se promover a liberdade não é apenas privilégio de certos grupos revolucionários, a maior potência do mundo é um exemplo claro, países que não concordam com os interesses dos americanos são forçados a isso, talvez o Iraque venha a ser o principal exemplo, uma população que antes do ataque norte-americano necessitava de liberdade da tirania, agora precisa de liberdade do domínio americano, pois ficou claro quando não se achou nenhuma arma nuclear no país qual era realmente o projeto “de liberdade americana”, nada mais que interesse nos poços de petróleo dos iraquianos. Agora toda uma população se encontra com fome e sem nenhuma infra-estrutura restando-lhes apenas o sonho de serem pessoas livres. Em outros lugares os americanos promovem tal domínio através da diplomacia capitalista, que na maioria das vezes impoem regras para as transações, forçando os países a se tornarem verdadeiras colônias americana, então resta para as pessoas comuns apenas sonharem com uma liberdade utópica.

A Era do Planejamento Estratégico

No atual mundo empresarial, já não sobressaem somente as grandes organizações, tamanho ficou relegado a uma condição secundária. Como na teoria de Darwin, não sobrevive o maior ou mais forte, e sim aquele que melhor se adapta. Agora, as organizações modernas são ágeis, flexíveis e com estratégias robustas para assegurar seu sucesso.
Em 1988 na feira anual de informática, a Condex USA, (Estados Unidos) a Microsoft levou todas as incertezas possíveis em conta, apostando suas fichas no Windows, mas seu estande ao mesmo tempo mostrava novas virtudes do sistema DOS, ou programas desenvolvidos em parceria com seus concorrentes, como, o OS/2 (IBM), e o final da história, todos têm conhecimento, o grande sucesso da Microsoft, possuir uma gama de estratégias robustas com uma visão do futuro, não é privilégio apenas das grandes organizações, segundo Oliveira (1999) “visão é algo que se vislumbre para o futuro desejado da empresa”, isso se aplica independente do porte da organização.
Os limites que os administradores de empresas conseguem enxergar no longo prazo é uma abordagem ampla, devendo haver uma coerência entre o que a empresa se propõe a fazer e o que efetivamente faz. As organizações tendem a serem cada vez mais orgânicas, prever o futuro em um mercado com constantes inovações é uma tarefa difícil, se algum concorrente inovar determinado produto, a organização necessitará de uma reviravolta, para isso, em vez de uma estratégia é aconselhável ter várias opções para se manter no topo.
As montanhas mais elevadas são privilégios de poucos, e manter-se lá, é ainda mais difícil, com um bom planejamento estratégico e determinados elementos vitais as probabilidades aumentam, não parar nunca, por mais que tenha sorte e encontre-se no topo, o mundo corporativo pode sofrer mudanças, para não ser pego de surpresa empresas necessitam de inovações constantes. Outro ponto crucial é explorar ao máximo o território que a organização encontra-se, alterar as estratégias a nível de longo e curto prazo, saber identificar o momento, com base em uma ampla gama de estratégias.
Há alguns anos atrás, um país que detinha grande proporção territorial, fontes naturais e matéria-prima em abundância, eram os que ditavam as regras de mercado. Com o início da globalização e a escassez de recursos naturais, isso caiu por terra, e no atual mercado globalizado e muito mais competitivo, quem domina o mercado são países com alta tecnologia e com baixo custo de produção. Isso acabou refletindo nas organizações.
A figura do administrador tem um papel fundamental para esse reflexo dentro das organizações independente do seu tamanho, e o planejamento estratégico é uma ferramenta de grande serventia para tal desempenho.

EMPRESAS VERSUS MERCADO

Segundo estatísticas dos órgãos competentes, a maioria das empresas que foram formalmente criadas no Brasil tem em média uma vida ativa muito curta, mas se as maiorias desses novos empresários formulassem pesquisa de marketing que é a elaboração, a coleta, análise e formulação de relatórios específicos sobre determinada situação de marketing, talvez tais estatísticas apresentassem outros números.
Tal processo tem cinco etapas a primeira você define o problema, as alternativas, e os objetivos de tal pesquisa, após isso se desenvolve um plano de pesquisa, que deve conter fonte de dados, abordagem de pesquisa, levantamentos, os instrumentos de pesquisa, tamanho de amostra etc. Em terceiro lugar realiza-se a coleta de dados, após cria-se uma tabela de freqüência para se analisar as informações, apresentando os resultados, para a tomada de decisão.
Mas a decisão necessita de um bom senso, certa vez um bem-sucedido executivo de pesquisa relacionado a marketing, chegou a conclusão que Guerra nas Estrelas (Star Wars) não seria um bom investimento. Sendo que somente um dos Filmes rendeu 122 milhões de reais. Mas existe o outro lado da moeda, de um lado tal pesquisa ajuda aos empresários a investir seu capital corretamente de outro transforma os indivíduos em meros clientes. Análise a seguinte trajetória segundo a História, por volta de séc. VI antes de Cristo as pessoas eram considerados cidadãos da Grécia, na Idade Média se transformaram em crentes, na Revolução Industrial em proletariado, e no séc. XXI o marketing transformou todos os indivíduos em clientes em potencial, independente da idade, da cor, raça ou qualquer outra classificação possível. Para tal sociedade o indivíduo só tem valor caso possua determinado poder de compra

Mudanças no Mercado

“A preocupação existencial de que o homem deve fazer uma opção sempre quanto a sociedade, a política, a família, a educação e aos seus hábitos adquiridos, colocando-o em uma encruzilhada de múltiplos caminhos” (Jean-Paul Sartre filósofo existencialista). A necessidade de tentar entender o comportamento humano vêm de longas datas, e referindo-se ao mercado competitivo atual, que cada cliente é disputado e estudado minuciosamente, como ponto de referência pode-se citar o término da Segunda Guerra Mundial (1945).
Com o pós-guerra surgiu a necessidade de comprar produtos novos, de vender e fidelizar os clientes, a determinadas marcas. Como fazer isso ? Uma das possibilidades foi a introdução da Psicologia no Marketing que procurou detalhar os consumidores em etapas distintas, com coisas relacionadas, ao corpo, as idéias, aos objetos, e ao social (Giglio 2002), de uma forma qualitativa, os profissionais do marketing transformaram esses dados em formas quantitativas, criando grupos de consumidores para determinados produtos e serviços, a partir daí o marketing tornou-se parte do cotidiano das pessoas.
Quando fala-se em marketing a primeira impressão que as pessoas têm, é de propaganda, mas segundo Kotler e Armstrong (2003), pode-se definir marketing como, um processo administrativo e social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam, por meio de oferta e troca de produtos. O marketing está deixando de maximizar os lucros para construir uma rede de marketing (marketing network), entre clientes, funcionários, fornecedores, distribuidores, varejistas e agências de propaganda envolvendo-os em um relacionamento amplamente lucrativo.
Na cultura contemporânea não existe espaço à expressão popular, “vendo geladeira até para esquimó”, acabou o tempo em que impressionar o cliente era o mais importante, agora busca-se a fidelidade do cliente nos diversos segmentos do mercado, oferecendo-lhe uma ampla gama de benefícios esperando que este sinta-se maravilhado.
Theodore Levitt em seu artigo A Miopia do Marketing (Marketing Myopia 1962), alertava as organizações de diferentes portes e setores da época, que existe algo há mais do que simplesmente um produto, passou-se quatro décadas e algumas organizações continuam dando ênfase apenas para o produto ou preço deixando de lado a inovação.
Uma estratégia desenvolvida pela firma de consultoria A.T. Kearney para que as empresas possam formular preços competitivos, baseado no valor que os clientes desejam pagar, em troca de certas vantagens.
Primeiramente o custo deve ser elaborado a partir do comprador e não do vendedor, o produto deve oferecer aos seus clientes os mais diversos benefícios, o segundo passo é superar as outras alternativas do mercado, organizando os clientes em segmentos para poder atender as necessidades de cada um, em terceiro lugar é definir uma partilha igualitária, e por último desenvolver uma estrutura de precificação.
Como exemplo pode-se usar o FedEx que domina 45 por cento do mercado de entregas expressas nos Estados Unidos, comparando com os Correios no Brasil que têm seus preços bem mais em conta e ficam apenas com 8 por cento das entregas.
Tratando-se de Brasil, com uma realidade distinta, e na maioria das vezes dependendo da classe social que os indivíduos encontram-se, estes estão interessados em custos, deixando de lado os valores agregados ao produto. Outro fator preocupante quando o assunto é preço é a enxurrada de produtos originários da China, que possui um sistema de trabalho diferenciado da maioria dos outros países, e estão conquistando uma enorme fatia do mercado em diversos segmentos.
O setor de calçados do Sul do Brasil vivência na pele essa enxurrada chinesa, cabe a cada individuo, optar por produtos que tragam em sua bagagem valores agregados, como por exemplo, optar por empresas que desenvolvam projetos voltados ao social, a preservação do meio ambiente ou empresas alto sustentáveis. Os futuros profissionais das diversas áreas existentes ao realizarem seus projetos deveriam por em prática o marketing social, talvez essa seja uma das formas disponíveis no mercado para equilibrar a balança social brasileira.

Criatividade

Segundo Alris executivo da HSM Management, no mercado empresarial da atualidade as organizações de sucesso são as número 1 ou a número 2 na mente de consumidores. Para os futuros gerentes mercadológicos cabe identificar a oportunidade para sua organização e colocar tal pretensão no Planejamento Estratégico da empresa, mas como se tornar número um no mercado atual, dominado por grandes organizações munidas de grandes capitais, com fatias enormes do mercado, e ainda a capacidade de copiar e aperfeiçoar o produto para Alris, uma das soluções é você criar uma nova categoria, seguindo sua linha de raciocínio a primeira pessoa a realizar algo os indivíduos os têm guardados na memória, a segunda dependo o grupo em que se encontra também é lembrado, mas do terceiro em diante dificilmente seu nome será lembrado.
A grande dificuldade para ser o número 1, ou para criar uma nova categoria ou diferenciar-se dos demais concorrentes está talvez em uma característica essencial para os administradores, algo chamado criatividade que equivale a ousar chegar onde ninguém nunca esteve ou teve coragem de buscar. Todas as pessoas possuem criatividade, visto que algumas desenvolvem mais do que outras, simplesmente porque praticam a arte da criação, ou seja, são pessoas que buscam ser inovadoras trazendo projetos novos pra sociedade com o objetivo de torná-los concretos, de sucesso e uso social, além de solucionadores de problemas.
Geralmente as pessoas criativas têm uma curiosidade aguçada e investigam tudo com questionamentos detalhados e pertinentes, são rápidas no raciocínio e superam problemas enxergando-os como uma oportunidade de expressar uma solução criativa e original; são persistentes, estão sempre dispostas a aprender e retirar idéias do ambiente onde estão inseridas, sem se preocupar com preconceitos e limitações, são flexíveis e otimistas.
Pessoas criativas têm forte poder de síntese, mas sem perder a visão do todo, são persistentes e tem uma incrível capacidade de aprender sempre e absorver experiências vividas pelas outras pessoas.
Do ponto de vista psicológico “é a ocorrência do que não é comum ou usual, mas que é apropriado, que é prático e capaz de ser aplicado e operacionalizado.” (AGUIAR, 1992, p. 275).
Sob uma ótica organizacional, é a obtenção de novos arranjos de idéias e conceitos já existentes, formando novas estratégias ou estruturas que resolvam um problema de forma incomum. A criatividade em si não é tangível, mas seus efeitos dentro de uma organização o são, pois é perfeitamente possível mensurar seus reflexos nos resultados de uma empresa.
Atualmente todas as organizações sofrem com a concorrência, que ataca pontos determinantes no mercado. Para sobreviver neste ambiente competitivo às empresas viram-se obrigadas a buscar algo a mais do que apenas boa estrutura física ou equipamentos modernos. As companhias necessitam de equipes de profissionais qualificados e comprometidos, que se tornem guerreiros significativos na posição de mercado, através de táticas decisivas. A busca por pessoas que reúnam competências técnicas e comportamento diferenciado da massa.
É ainda através da criatividade que as empresas saem de momentos de crise. A situação motiva a criar estratégias de ação e soluções para diversos problemas, o que a torna mais competitiva e criativa. Assim, a crise não deixa de ser um estímulo à criatividade dos profissionais.
Buscando a essência do negócio nas teorias e nos livros técnicos das variáveis formas de negócios, todo e qualquer indivíduo tem a capacidade de se tornar um grande empreendedor, pode-se ser o número em segmentos como exemplo de pequenas e médias empresas, talvez não seja necessário sonhar com a posição da Coca-Cola, mas pode ser a empresa número em consultoria empresarial na cidade em que se localiza, ou criar uma categoria de pequena metalúrgica que tenha qualidade acima de tudo, independente do tamanho de seu negócio, o melhor a fazer é ser o número 1 ou número 2 na mente das pessoas (Alris CEO da HSM Management).